Solta a voz, Jéssica!
- hojeeuquerovoltars
- 30 de mar. de 2015
- 2 min de leitura

"Comecei a trabalhar esporadicamente nos sábados em bufetes infantis, como garçonete. Eu sempre trabalho, ou com meu namorado, que também é garçom, ou com outras moças. Nesse sábado eu havia ido trabalhar com uma amiga minha, mãe de dois filhos, casada. Havia uns dois senhores na festa e um rapaz mais novo, que no final ficaram perto da entrada da cozinha tomando seu chopp. Comecei a reparar que quando passava eles começaram a me encarar, (com minha roupa "super provocativa": calça, blusa sem decote, avental e coque no cabelo). A minha amiga também começou a reparar. De repente eles começaram a falar "nossa que isso hein morena". Comecei a ficar possessa, eu que já não estava bem naquele dia, comecei a ficar pior. Foi ai que um deles abriu a porta da cozinha e minha amiga que estava lavando a louça teve que escutar "nossa que morena mais linda". Ficamos com muita raiva, pois estávamos trabalhando e ainda que não estivéssemos isso não lhe dá direito algum de agir com tamanho desrespeito. Eu continuava a passar por eles, pois a festa estava quase no fim e eu precisava limpar as mesas, foi quando mais uma vez me disseram "ow gostosa, vai lá me buscar uma cerveja". Nessa hora minha vontade era jogar a bandeja na cara dele, gritar bem alto: seu pervertido, acha que sou sua empregada? Ainda que fosse, mereço respeito! O que me deixou pior foi que dona do buffet viu e não tomou nenhuma decisão. Não sei se fiz errado em ficar quieta, mas fiquei com medo de sair como culpada além de tudo e não poder trabalhar mais."
Jéssica Sbroglia tem 23 anos e quer voltar sozinha.
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