Solta a voz, Ana Carolina!
- hojeeuquerovoltars
- 9 de dez. de 2014
- 2 min de leitura

"Num final de semana como todos os outros, eu sempre ia com uns amigos num barzinho que ficava do lado de uma boate bem movimentada aqui da cidade. Num desses finais de semana eu fui com a minha melhor amiga e lá encontramos um amigo nosso e o primo dele, de começo o primo do nosso amigo deu um medo porque era grande e mau encarado mas depois fomos relaxando. Jogamos conversa fora por muito tempo até que cansamos de beber e eu e minha amiga fomos indo embora. Eles com toda a educação do mundo pagaram a conta da parte deles, pois batemos o pé e não deixamos que pagassem oque consumimos, e nos acompanharam até o ponto alegando que a cidade estava muito perigosa. No meio do caminho o primo do meu amigo chegou pro meu lado e começou a falar um monte de besteiras sobre oque faria com a minha melhor amiga, disse pra ele parar e adiantei o passo. Chegando no ponto o cara me abraçou por trás e disse que só ia me soltar se eu desse um beijo nele, ele era nojento e estava bêbado e é claro que eu não ia beijá-lo. Porém ele não desistiu, minha melhor amiga bateu nele, o primo dele pediu pra ele me soltar e ele não me soltava, eu sentia o bafo dele no meu pescoço e estava desesperada. Comecei a chorar e todo mundo olhando mas ninguém fazia nada. Minha melhor amiga se viu tão desesperada que começou a socar ele e com a ajuda de uns travestis que estavam numa pastelaria ele me soltou. Depois disso todo mundo veio me ajudar, perguntar se eu estava bem pois ele tinha rasgado meu vestido. Graças a minha melhor amiga e aos travestis que apareceram e viram o meu desespero ele me soltou, porque se dependesse do meu ''amigo'' e das outras pessoas no ponto eu poderia ter sido estuprada. Nunca me senti culpada pelo o que aconteceu, mas me tornei mais dura e fria, não confio em qualquer homem mesmo ele sendo amigável. Eu só estava me divertindo e não dando condição pra ele me ''pegar'', não é porque estou num barzinho á noite que to afim de sexo. Eu quero o meu direito de ir onde eu quiser, com a roupa que eu quiser e principalmente de voltar sozinha!"
Ana Carolina Maurity tem 17 anos e quer voltar sozinha.
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